Mariana, minha leitora e amiga de São Paulo, nos contava, quando esteve aqui em casa para o último encontro do Clube de Leitura da Casa Amarela, a sua odisséia diária para chegar até a Escola de Dança onde estuda. São dois ônibus e dois trens superlotados, inchados de gente a ponto de não se poder respirar. Um serviço horroroso, caro, que desrespeita cada um em sua história pessoal. Pagamos os impostos mais altos do mundo.
Finalmente a população acorda e pede por cidadania . E a polícia ataca ferozmente como se estivéssemos vivendo numa ditadura. Será impossível separar os vândalos sem machucar a todos? Os vândalos de plantãi estarão sempre em todas as manifestações no mundo inteiro, mas eles não são a maioria. As cenas que o mundo viu ontem em São Paulo e no Rio são terríveis , a população acuada e ferida num regime democrático por uma polícia que deveria estar ali para defender a manifestação. Somos cidadãos de décima categoria se nem ao menos podemos protestar. Ótimo motivo para os professores conversarem com os seus alunos sobre os anos de chumbo e sobre os valores de uma verdadeira democracia.
sexta-feira, 14 de junho de 2013
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E ontem, no trem, havia um casal de bolivianos à minha esquerda. Outro de lésbicas à direita. À minha frente, uma senhora nordestina de 1,50m e ao lado dela, um rapaz branco, bonito e de unhas sujas. Todos nós e muitos outros (Muitos), grudados uns nos outros, rumo à algum lugar, na santa paz del diablo. Del diablo, mas na santa paz.
ResponderExcluirLindo texto!
ResponderExcluirBrigada Rô! É uma honra que você tenha gostado.
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