domingo, 23 de junho de 2013

LORCA OUTRA VEZ

"... A poesia não tem limites. Pode nos esperar sentada na soleira da porta, nas madrugadas frias quando se volta com os pés cansados e a gola do casaco levantada. Pode estar nos esperando na água de uma fonte, trepada na flor de uma oliveira, posta para secar no pano branco estendido no terraço da casa. O que não se pode fazer é propor uma poesia com rigor matemático."

Federico García Lorca, in Pequeno Poema Infinito, ed. Imprensa Oficial

Há poesia nas ruas e há violência, mas não há matemática. Não há direita, centro ou esquerda. Há um movimento ondulante por mais dignidade, por menos humilhação. Como panos coloridos ao vento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário