Ontem soube de uma pesquisa feita nos Estados Unidos comparando os jovens na década de 80 e os jovens de hoje, da geração Y. O resultado: os jovens de hoje têm menos amigos "reais", mas não se sentem sozinhos por causa dos amigos virtuais. Diz a pesquisa que na década de 80 os jovens tinham muitos amigos e se encontravam mais. Mas hoje não saem das redes sociais e estão sempre acompanhados.
Eu acho que hoje todos temos estes dois mundos , estas duas dimensões e é maravilhoso. Saber transitar de um mundo para outro é importante. Hoje todos nós dividimos tudo com nossos "amigos", gente que conhecemos "de verdade" e gente que conhecemos apenas através das suas histórias. Dividimos fotos,textos, experiências, passeios, dramas, tristezas, conquistas. O tempo todo estamos contando alguma coisa, falando também das nossas convicções. Este ímpeto de contar, tão humano, encontra um porto.Na história da humanidade nunca tanta gente falou tanto ao mesmo tempo. Mas de vez em quando há que deslizar deste mundo mágico para o real e abraçar de verdade, ouvir a voz, tocar, afagar.
Às vezes alguma pessoa que não conheço me conquista com a sua história e sinto muita vontade de conhecer esta pessoa. Às vezes algum amigo que estava perdido, chega novamente através de um contato virtual.
Não precisamos, como no poema Ou Isto Ou Aquilo da Cecília, escolher.Temos os dois mundos. Mas o mundo real está aqui. Ouço o mar. O vento com cheiro de algas. Vejo o flamboyant florido, uma cascata de flores vermelhas.Minha gata Luna já está ali, no meio do jardim. Na entrada da casa flores azuis. Os passarinhos e sua orquestra e os bem-te-vis contando as novidades.Daqui, de onde escrevo, vejo os telhadis das outras casas . Não sei porque sou tão apaixonada por telhados.
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terça-feira, 2 de dezembro de 2014
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