Hoje, dia 15, pela primeira vez, meu corpo começou a responder aos exercícios para soltar o ciático. É o primeiro dia em que estou bem, podendo sentar, caminhar e ficar em pé sem o nervo gritar (e às vezes eu também)
Comemoro com a meditação no jardim. Eu não descia ao jardim pois os degraus são altos.
De olhos fechados eu estava realmente no meio de uma orquestra de passarinhos. Uma orquestra para flautas e violoncelo (o mar). Tirei os sapatos antes da meditação e a grama era um tapete maravilhoso, molhado e vivo, sob os meus pés. A minha terapeuta me pediu para colocar violeta na coluna e imaginar cada vértebra se abrindo, abrindo espaço. Ela está me ensinando a fazer as pazes com o meu corpo que desde 1993 é o território da dor. Eu não fixo no corpo as memórias boas , por exemplo, molhar os pés na água do mar. Tenho que fazer um esforço para me lembrar da sensação.O corpo só guarda os momentos de dor. E fixando os momentos bons, eu posso alargá-los, impregnar o corpo com estes momentos. Parece que o corpo tem uma memória toda própria, estou tentando mexer nessa memória com a meditação.
Conto tudo isso porque sei que com meus relatos posso ajudar quem tem dor contínua .
Uma das cenas mais maravilhosas do nosso encontro do Clube de Leitura da Casa Amarela, que não foi na casa amarela, mas sim numa chácara lindíssima, foi a chuva caindo na hora de ir embora. Era uma chuva tão linda, tão impregnada de poesia, no meio da natureza exuberante, o cheiro de terra molhada enchia cada espaço de alegria. E como aqui em casa também choveu no sábado, o jardim está pulsando, exalando amor;.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário