terça-feira, 27 de outubro de 2015

O CIRCO

Recebo uma nova edição  de um livro muito antigo, que primeiro foi editado pela Miguilim na década de 80 e depois refeito pela Paulus em 2011 com ilustrações espetaculares do cartunista e cineasta baiano Caó Cruz Alves.
Adoro este livro e as crianças também. Já perdi a conta de quantos circos vi nas escolas construídos com estes poemas.
O circo, para as crianças, é como um conto de fadas, e para os adultos também, basta ver o sucesso do Cirque du Soleil . Eles nos jogam dentro de um não tempo de pura magia, onde se misturam ternura, medo, enlevo.
Fiz os poemas como se estivesse construindo um circo: primeiro o circo anuncia a sua chegada na cidade, depois entram os operários, depois do circo montado dou licença poética para os meninos e meninas que não podem pagar a entrada possam ver o espetáculo de qualquer maneira e então vou introduzindo os personagens , começando com o Mestre de Cerimônias.
Adoro o poema da bailarina :

A BAILARINA

Caminha na ponta dos pés
a bailarina,
como se o circo fosse feito
de neblina:
vai bailar a bailarina,
vai voar a bailarina
e é tão fina, tão fina...
vira vento a bailarina,
vira nuvem, vira ilha,
e num último salto
ilumina o palco,
transformando o silêncio
em maravilha.

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