Parece que voltamos aos primórdios do século XX. Navios e trens ao invés dos aviões. Atrás de cada passageiro impedido de voar há uma história, há todo o desespero de se sentir aprisionado numa teia. Por exemplo, nossos sobrinhos Guillermo e Enka que tinham voo para Moscou de Granada no dia 26, para conhecer as duas futuras filhas, as irmãzinhas russas, talvez tenham que ir de carro: do sul da Espanha até o Círculo polar Ártico é muito longe.
Mas o que mais me comove são as flores da África. Não podem embarcar e apodrecem nos aeroportos. Muitos empregados africanos, que cuidavam do embarque das flores, estão sendo despedidos e não poderão pagar seus aluguéis, comer, comprar remédios.
Não estamos no começo do século XX. Hoje o mundo inteiro está interligado. Pessoas moram num país e trabalham em outro. O tempo mudou e o espaço também. É uma história estranha e inesperada e de longe acompanhamos os humores do vulcão na Islândia. O centro da terra, normalmente invisível, hoje afeta a vida de muitos habitantes do nosso planeta.
terça-feira, 20 de abril de 2010
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Oi, Roseana,
ResponderExcluirque bom que se lembra de mim! Aguardo sua visita, um beijo,
Samantha Toledo
samanthatoledo.blogspot.com
Pois é, Roseana. Eu vi um documentário chamado "I Am Because We Are", sobre a vida das crianças na África. É de impressionar, minha visão do mundo mudou totalmente. Ao ser questionado sobre a frase I am because we are, um homem a descreveu assim: "Eu sou porque nós somos. Pense bem, eu não significo nada sem você".
ResponderExcluirDesde então eu fico pensando que eles estão lá, e são você, eu, nós.
Beijos.
Malu, este é o conceito umbutu
ResponderExcluirOi Roseana,
ResponderExcluirComo assim? As flores não podem embarcar? Pode me dar mais detalhes?
obrigada
Sandra Braconnot
www.portaldasflores.org