terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

PARA VIAJAR

Quando viajamos rompemos com o cotidiano, com o desenho conhecido de nossas vidas e nos diz Claudio Magris em seu livro Danúbio, parece que de certa maneira voltamos para a infância, pois olhamos o mundo maravilhados, como se fôssemos outra vez crianças e então , pela lógica da poesia, temos todo o futuro pela frente, já que somos crianças outra vez. Sempre fui viajante, pois sempre fui leitora.Agora mesmo viajo pelo Danúbio, por suas cidadezinhas maravilhosas de nomes impronunciáveis. Além disso, estou sempre com as malas abertas, estou sempre indo e voltando. Quando viajo o que mais me encanta é sentar num café e ficar olhando o grande teatro que se desenrola diante dos nossos olhos: as pessoas andando, falando, gesticulando, sérias ou sorridentes. Troco a rua por qualquer programa.

PARA VIAJAR

Como é que se vai para a Atlântida?
De cavalo-marinho?
E de unicórnio,
dá para chegar nas montanhas da lua?
Para o centro da Terra
vamos de dragão dourado?
De Maria-fumaça a gente atravessa
o tempo?


in Pera, Uva ou Maçã? Ed. Scipione

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