Lendo o livro "La Calle de la Judería", lá pelo final do livro, descubro que um converso, um cristão novo muito próximo da Rainha Isabel, se chamava Juan Arias, como o meu marido e era de Àvila. Descubro então, que lá pelo começo de 1400, Juan teve uma família judia. Nunca sabemos,os os rios de sangue antigo que correm nas nossas veias. Não sei nada da minha família para trás, parei nos avós de pai e mãe que moravam na Polônia e eram muito pobres .
Agora estou lendo um segundo livro sobre o tema das "polacas". Eram judias da Europa, pobres, que vieram para a América do Sul enganadas e eram prostituídas. Uma máfia judaica buscava as mocinhas nos vilarejos, muitas vezes se casavam com elas prometendo uma futura vida magnífica e já no navio as prostituíam. No Brasil eram famosas. Lindas mulheres de pele branquíssima.. Sua vida era terrível, pois a comunidade judaica não as aceitava, elas eram impuras, não podiam ser enterradas no cemitério judaico. Então, elas se organizaram numa Sociedade, compraram um terreno em Inhaúma, hoje abandonado e eram enterradas neste lugar. Não posso imaginar a tristeza das suas vidas. Não tenho ferramentas internas para isso. Até agora é um tema tabu.Tudo o que as cerca é cheio de névoa.
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sexta-feira, 4 de abril de 2014
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