sábado, 23 de abril de 2011

DEVANEIO

Ontem Catalina, diretora dos Círculos de Leitura da Fundação Braudel esteve aqui e mostrei o caderno onde estou escrevendo o Diário da Montanha. Ela leu os poemas e me perguntou: "Onde você aprendeu a fazer poesia? E como faz para entrar em estado de devaneio?"

Aprendí a escrever poesia lendo poesia e ter feito uma oficina na Olac em 1984 com Antonio Carlos Secchin me ajudou muito, os exercícios eram sempre propostas maravilhosas. Mas as imagens que uso brotam do meu lago interno. Meu inconsciente é meu aliado. Quanto ao estado de devaneio, que eu chamo de estado de poesia, é quase o meu estado natural.Enquanto arrumo a casa deixo o pensamento voar, de vez em quando mergulho o olhar no oceano, nas gaivotas, no jardim. Quando cozinho estou em estado de poesia. É um estar aqui de uma maneira tão profunda que o instante é pura magia. Então de vez em quando escrevo um poema.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Cheguei agora e li o que você escreveu sobre criar uma poesia. Nossa... deve ser assim todo o ato de criação.
    Toda a natureza, todos os anjos e luzes divinas conspiram para que esse momento seja realmente de pura magia.
    Me lembrei então do Pablo Neruda com esse texto:

    "... quando explicamos a poesia ela torna-se banal. Melhor do que qualquer explicação é a experiência direta das emoções, que a poesia revela a uma alma predisposta a compreendê-la.
    Il Postino (O Carteiro de Pablo Neruda)

    FELIZ PÁSCOA!
    BUONA PASQUA!
    HAPPY EASTER!
    PESSARH SAMEARH!
    FELICES PASCUAS!
    Abraços,
    Angela

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  3. É isso mesmo Angela, a poesia não vem para explicar, mas para emocionar.

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