Ontem vi um filme francês que era quase um documentário. Acho que se chamava "Dentro Dos Muros da Escola" ou algo parecido. Era uma escola num subúrbio de Paris e a sala só tinha imigrantes . Vieram da Africa, das Antilhas, até da China. O ambiente era péssimo, super hostil. O professor nervoso. As matérias tão distantes de todos. O resultado era um caos completo, violência, expulsões.
Hoje leio que existe uma lei estadual que determina que tanto as escolas particulares quanto as públicas devem comunicar os casos de bullying à policia ou aos conselhos tutelares. Mas a solução é anterior ao bullying. Numa sala onde o professor consiga criar uma rede de afeto entre os alunos, uma cumplicidade entre todos através da arte e de atividades criativas, não ocorrerá o bullying. Para isso não faltam recursos : teatro, música, pintura, literatura, fotografia, cinema, até meditação.Não é preciso muito para se fazer um jogral, montar uma peça , cantar.
Mas a escola de um modo geral está dissociada da vida. Como no filme francês, onde o professor dá uma aula de metrificação ao invés de despertar a emoção com o poema, o resultado é previsível: um desastre, todos contra todos.
A escola de hoje deveria existir não só para passar conhecimento, mas para forjar um ser humano melhor, pensante, criativo, solidário, compassivo. Então o outro não seria humilhado .
domingo, 17 de abril de 2011
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Eu concordo com você, Roseana. Denunciar, apenas não resolve a questão. Eu acho, até que gera mais violência, mais ódio. Existem questões muito mais sérias por trás desse bullying. É preciso que toda a comunidade escolar esteja comprometida para resolver o problema ou pelo menos entendê-lo.
ResponderExcluirMuitas vezes tento ver esse filme e, por algum motivo não consigo vê-lo. Mas para responder a tudo o que você colocou e é uma história verídica, é só assistir ESCRITORES DA LIBERDADE.
A professora usa toda a sua sensibilidade para que seus alunos lidem com questões sérias, e gostem de ler e escrever. É lindo o filme e muito apropriado para tudo que está acontecendo por aí.
No verso do DVD vem escrito assim:
... instigante história envolvendo adolescentes, criados no meio de tiroteios e agressividade, e a professora que oferece o que eles mais precisam: UMA VOZ PRÓPRIA. Quando vai parar numa escola corrompida pela violência e tensão racial, a professora combate um sistema deficiente, lutando para que a sala de aula faça a diferença na vida dos estudantes. Agora, contando suas próprias histórias, e ouvindo as dos outros, uma turma de adolescentes supostamente indomáveis vai descobrir o poder da tolerância, recuperar suas vidas desfeitas e mudar seu mundo.
Neste filme, Roseana tem uma parte sobre os judeus, que foi fundamental para aqueles alunos, e você vai amar.
Bom domingo
Angela
Eu vi o filme, Angela, é maravilhoso, todas as escolas deveriam passar para seus jovens.
ResponderExcluirEm várias escolas pelo Brasil, muitos professores desenvolvem trabalhos pautados no afeto, mas, infelizmente, ainda falta muito para transformarmos essa dura realidade que está colocada. Sonho com o dia em que todas as escolas tenham condições de desenvolver um trabalho pautado no afeto e que ajude o aluno a se desenvolver de forma a/efetiva.
ResponderExcluirE já que o assunto é filme, gosto de assistir com os meus alunos o documentário "Doutores da alegria" (apesar de se passar num hospital), pois a escola, assim como várias outras esferas sociais, precisam sem mais humanas, mais lúdicas e acolhedoras.
Beijos, Roseana! Sempre passo por aqui, mas fico devendo os comentários...
Obrigada, Eli, você não fica devendo nada!!!
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