Quando meu filho André era bem pequeno escreví uma história para ele. Era sobre um menino que criava um personagem imaginário para brincar, se chamava Trum-Lin, mistura de trovão com raio e gotinha d'água. Não pensei em publicá-la e ela se perdeu. Isso foi na pré história da minha existência, eu nem escrevia poesia ainda. Não sei porque, hoje, ao acordar e arrumar a mesa para o café da manhã na varanda, o céu carregado de nuvens, o nome do personagem saiu de algum esconderijo da minha mente e se sentou para tomar café. O que é isso, a memória? Então nada se perde? Quando escrevi a história acho que meu filho Gustavo nem havia nascido! Naquela época como eu poderia imaginar que um dia no futuro teria tantos leitores e que meus poemas voaram por aí como pássaros ciganos ? Escrevo um poema agora e o dedico ao meu neto Luis que faz uma salada colorida com as palavras:
TRUM-LIN
Quando parece que o céu
vira mar
e um raio atravessa a janela,
ilumina a sala de jantar,
é o Trum-lin
que bate seus tambores
em sua fábrica de água.
Só quem é criança pode vê-lo
em seu novelo de luz.
Trum-lin faz música
com redemoinhos
e tempestades
voa pelos telhados
desarruma a cidade.
Só quem é criança pode vê-lo
em seu novelo de luz.
sábado, 7 de abril de 2012
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Roseana: quando estou com meu neto Yuri ,na hora de dormir,ele sempre me pede uma história inventada. TE peço licença pra apresentar Trum-lin
ResponderExcluirpra ele.Vamos criar,juntos,aventuras maravilhosas....beijos gratos.