Da montanha para o mar o caminho é longo e não se conta apenas em horas, minutos, segundos. É um longo caminho dentro de mim. Porque quando estou na minha casinha do bosque, em Visconde de Mauá, não sou apenas a mulher de 61 anos que já atravessou tantas chuvas , tanto sol e tanto vento, tantos espelhos quebrados, mas sou todas as mulheres que me habitam, o passado é palpável, vejo meus filhos pequenos, minha poesia ainda em rascunho.
Cheguei em Saquarema e são pilhas de e-mails, contratos, pedidos, fico tonta.Mas pouco a pouco vou colocando tudo no seu lugar. Em Mauá não tenho internet, o celular não funciona na minha casinha. Então quando volto, uma avalanche me espera.
Revi amigos, festejamos o aniversário do meu filho André, li muito, escrevi um conto para o meu livro de contos. Meu lagarto de estimação, o teiú, não apareceu. Os lírios com meu nome floresceram na minha ausência, quando cheguei já não havia mais nenhuma flor. Comprei uma cadeira de balanço austríaca num antiquário em Resende e aqui estou de volta, com o mar fazendo música atrás de mim, Juan escrevendo, as gatas, os jabutis. É muito bom viver.
terça-feira, 3 de abril de 2012
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