Meu pai conta que tinha um tio ceramista na
Polônia. Meu pai saiu do país com 14 anos, antes da guerra e o tio ficou. Ninguém
da família que tenha ficado sobreviveu.
E minha irmã é ceramista desde quando tinha uns 17
anos. É uma das grandes ceramistas do Brasil.
Meu cunhado Luis Mérigo é ceramista. Ele veio do
México e se casaram.
O ateliê que criaram em Visconde de Mauá é alucinante. Está numa outra dimensão.
Quem for a Mauá não deixe de visitá-lo. É uma experiência sensorial.
No Ateliê Kligerman & Mérigo a poesia se
transforma em cerâmica.
As formas dançam e se transmutam o tempo todo. A
xícara onde uma araucária é acariciada pelo vento antes de receber o café. Uma
escultura que voa. Um saleiro ,um jarro, uma fruteira, uma placa com os
desenhos mais loucos e belos, um porta colheres. Aqui
não há hierarquia. Tudo é arte e impregna as paredes e o chão da sala com a
beleza mais pura.
A cada dia saem peças únicas e novas criações
fabricadas diante dos olhos atônitos de quem chega.
O barro, ofício ancestral, é voo nas mãos da Evelyn
Kligerman e Luis Mérigo
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