quarta-feira, 2 de setembro de 2015

TAIPÉ

Ontem vi um documentário maravilhoso sobre a cidade de Taipé, em Taiwan.
Um fotógrafo canadense que vive na cidade desde 1999, contava: Taipé parece uma grande cidade. Mas é uma ilusão, pois seu espírito é provinciano. Os bairros guardam a mesma estrutura emocional de quando Taipé era muito pequena. As pessoas se conhecem, se ajudam, as casas são bem simples, às vezes precárias, em pequenos becos. A segurança é total. Qualquer um pode andar pelos becos mal iluminados à noite sem nenhum perigo. O individualismo não existe. As pessoas não estão preocupadas em acumular bens . Elas se preocupam em viver bem. Isso quer dizer ter amigos, ajudar as pessoas, comer bem.
Uma correspondente contava: a cidade tem uma vida intensa até às duas da manhã. O que mais os habitantes gostam de fazer é comer. Quase ninguém cozinha em casa, pois há milhares de ofertas de comida na rua e é uma maneira das pessoas se conhecerem ou de estarem juntas. Peixes e frutos do mar são predominantes. Quando alguém viaja na volta a pergunta que se faz é : - Você comeu bem?
Quase todo mundo é budista. Existem muitos templos e de todos os tamanhos. Mesmo quem não segue todas as regras se sente budista e faz pedidos e oferendas.
Duas jovens irmãs, filhas de um casamento misto, viviam nos Estados Unidos mas escolheram Taipé para morar. Elas dizem que não há lugar melhor para se viver no mundo pelo afeto que corre como um rio caudaloso entre as pessoas. Há um clima de amor na cidade que é uma ilha.
Se não fosse tão longe me mudava para Taipé...

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