terça-feira, 15 de maio de 2012

AS MÁQUINAS DE LEONARDO

Ontem saímos pela manhã em direção a Rialto, mas por dentro. A vista de cima da ponte é o cartão postal mais conhecido de Veneza. Continuamos por dentro em direção a Ferrovia. Chegamos no Campo San Polo e nos sentamos num banco cheio de velhinhas venezianas. Na praça se contava os turistas nos dedos, éramos pouquíssimos, a praça era das crianças, dos velhos e dos cachorros. Uma delícia ouvir as velhinhas conversando e gesticulando . Um africano veio oferecer algumas coisas para as velhinhas tão bem vestidas e elas se recusaram a comprar. O africano pediu ajuda e elas responderam : _"Filho, estamos todos na mesma situação. A crise é de todos". Enquanto caminhamos por estas maravilhosas ruas e pontes a Europa afunda numa crise assustadora e sem precedentes. Aliás, sim, houve uma crise parecida e todos conhecemos o seu desfecho. A Europa , com todas as suas maravilhas e tesouros, terá que encontrar uma saída.
Entramos na Igreja de San Paolo, cuja fundação data do século IX. Tintoreto e Tiepolo com suas cores sombrias me deprimem um pouco, me lembram a intolerância da Igreja, não sei porque, já que as pinturas são uma verdadeira maravilha.
Saímos e logo, ao virar uma esquina caimos numa outra praça e na Igreja havia uma exposição das máquinas do Leonardo Da Vinci. Que maravilha!!! Para cada desenho de uma das máquinas, fabricaram a máquina tal e qual com a cópia do manuscrito ao lado. E Leonardo inventou a asa delta, a bicicleta, o helicóptero, gruas, máquinas de guerra , barcos, a idéia da escada rolante... Era impactante demais a exposição.
Paramos num restaurante enoteca na beira de um pequeno canal e comemos uma salada com uma taça de vinho. Eram apenas três mesinhas na rua e um jarro de flores em cada uma  .

À noite fomos jantar  num restaurante indicado no livro 1000 Dias em Veneza, "Al Conte Pescaor", ao lado da Praça San Marco. É uma cantina simples de comida maravilhosa. E quando voltamos já Veneza quase dormia, as gôndolas cobertas , apenas sombras oscilando na água.
 

2 comentários:

  1. É uma pena existirem crises, seria melhor se elas não existissem. O mundo seria mais como um só.

    Beijos Roseana, continuarei viajando contigo.

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