Ontem ganhei de presente o livro "PARA LER EM SILÊNCIO", ed. Moderna, do Bartolomeu Campos de Queirós, agora para sempre estrela. O livro nos fala do ofício de escrever e além dos poemas que abrem cada capítulo, o texto é prosa poética belíssima. Tenho muitas afinidades com a escrita do Bartolomeu e também com suas inquietações. Como ele amo o silêncio que para mim é matéria prima, eu também trabalho com a palavra e o silêncio. Diz Bartolomeu na página 53:
" Nenhuma palavra vive sozinha. Toda palavra é composta. Se escrevo mar, nessa palavra rolam ondas, viajam barcos, cantam sereias, brilham estrelas, algas, conchas e outras praias. Se digo pai, é aquele que me ama ou aquele que não conheci ou aquele, ainda, que me abandonou.
Toda palavra brinca de esconder outras palavras.
Quando se lê uma palavra o coração escreve mais outras. Escrever é escutar a palavra e registrar o que ela nos pede. É a palavra que nos inscreve."
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
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