terça-feira, 1 de janeiro de 2013

PRIMEIRO DE JANEIRO

Nana, minha gata me acordou às 6hs da manhã, tentei dialogar, convencer, nada. Eu dizia, Nana, fui dormir  tarde, mas os gatos são muito intransigentes e tive que me levantar.
Passamos a virada sozinhos, eu e Juan. Fizemos uma ceia simples e maravilhosa, na varanda, onde o vento tornava a noite amena, agradável. Antes, no final da tarde, levamos flores para Iemanjá, colhidas no jardim e ficamos na praia até o sol desaparecer. Uma família enorme, com umas 7 crianças, fazia a nossa alegria. O mar de Saquarema é violento, nunca posso entrar, mas enche os olhos de beleza.
Fizemos bruschetas com presunto Pata Negra que a editora Maeva nos enviou por correio da Espanha e "pimientos de piquillo", da Galícia. Depois uma pasta com gorgonzola que Juan preparou e estava no ponto exato. De sobremesa um queijo brie com geléia de laranja. Um vinho "rioja" espanhol e pronto, Espanha e Itália, os dois países do Juan estavam na mesa e logo pusemos cadeiras na nossa calçada para ver passar a multidão. Uma cena impressionante. Quase todas as meninas de branco e prata ou branco e dourado. A luz da rua, na frente da nossa casa estava queimada o que tornava tudo mais bonito e férico. E depois os fogos a partir da Igreja no alto do morro. Muitos amigos telefonaram, Gaby, da Guatemala, minha sobrinha Julia, de Natal, e na verdade embora estivéssemos sozinhos, a casa estava cheia. 
Hoje fui cedinho para a praia. Juan foi caminhar na areia, mas eu não posso caminhar em terrenos instáveis então fiquei olhando o mar, belíssimo, a praia inteiramente vazia. Eu já estava em casa quando Juan voltou. Tocou a campainha e me disse: o mar me trouxe um presente. E trazia uma cesta de palha  enorme e lindíssima.
Que 2013 nos deixe encher a cesta com pães, amor, livros, amigos novos e antigos, filhos, netos, surpresas.
E que a cesta  se multiplique infinitamente.

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