O Dia das Mães foi criado para o comércio vender neste dia, isso todos sabem. Mas nos coloca diante de uma pauta emotiva: todos pensamos nas mães e nos filhos e quem não tem filho pensa num sobrinho, num afilhado, num aluno especial. E quem não tem mãe fica com uma dor difusa pelo corpo e a criança que não tem mãe fica com uma tragédia. Ainda bem que existem tias e madrinhas e boadrastas.
Hoje vou passar o dia com as minhas gatas que são minhas filhas. Os meninos moram longe e minha mãe foi embora com 89 anos e sua fome de vida. Viveu pouco porque sempre para nós filhos, é pouco.
Meus filhos para mim são meninos pequenos, um tem 40 e o outro 45. Temos uma ligação feita de fios dourados. Eles são ,às vezes , meus timoneiros. Só sei que sem eles estaria sempre perdida.
E depois , para além da memória que carregamos, chegam os netos. É um desdobramento, uma página que viramos para o melhor da história, quando a mocinha é salva. Meu neto me chama para passear e se demoro a responder ele chama a minha atenção, como se fosse eu a menina e ele meu pai: - "Vovó, você é surda? Vamos!"
Então caminhamos pela floresta, os dois de mãos dadas. Enquanto isso brincamos de trocar as letras das músicas. Ao invés de doces a Chapeuzinho Vermelho leva ovos, porque eu prefiro omelete.
Minha mãe foi uma grande mulher, uma artista guerreira e com a mente totalmente aberta. Meus filhos são pessoas educadas, delicadas, sensíveis gentis e honestas. Eles são bons.
A grossa corda da vida. A que tecemos dia por dia, faça chuva ou sol. Ao coar o primeiro café, ao apagar a última luz.
Que o coração de todos os pais, mães, filhos, tios, tias, tenham hoje o coração , o corpo inteiro, iluminado de amor.
domingo, 11 de maio de 2014
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