Depois de tantas agressões na Rede, talvez todos devêssemos fazer as pazes. Talvez devêssemos jogar peixes dourados. Metade do Brasil vota de um jeito, metade de outro. Metade pensa de um jeito, metade de outro. Isso é democracia. Não é justo o desejo de destruir quem não pensa como a gente. Foi o que fizeram os muçulmanos na África, os católicos na Idade Média. Política é religião? Quem pode ser dono da verdade ? Eu quero o bem do Brasil e voto assim, você quer o bem do Brasil e vota assado. Isso é democracia. Exterminar quem pensa diferente, ridicularizar, debochar ou agredir quem pensa diferente não dá certo. Este filme já passou muitas vezes e só produz dor e ressentimento quando não leva a coisas muito piores. Todos sabemos que o ser humano certamente é a pior espécie do planeta. A que destrói o seu habitat. Todos temos lados sombrios , tenebrosos dentro da gente, Mas temos lados magníficos, luminosos, o poder de sentir compaixão, de imaginar, inventar, Trabalhar com nosso lado luminoso é um exercício diário. Discutir, trocar ideias sem agressões é possível, totalmente possível. Com certeza ninguém sairá convencido do ponto de vista do outro,mas cada um tem direito a ter o seu ponto de vista.
Trabalhar o nosso lado bom desde que o bebê nasce é a saída. Música, leitura, pintura, teatro, dança. Tudo isso acalma e faz de nós seres humanos melhores, ajuda a amar e a controlar a raiva.
Há uma discussão sobre a maioridade penal na sociedade. O foco, do meu ponto de vista está errado. O que se deveria discutir são as prisões e os abrigos para menores. Essa é a verdadeira questão. Seres humanos entulhados como vermes, sem saída , a não ser , lá num futuro próximo, a crueldade, a vingança. Tenha esta pessoa 16 anos ou 18.
Então é necessário que todas as escolas públicas tenham oficinas de arte, aulas de leitura e fórums de pensamento,lugares de discussão na escola para os grandes problemas da sociedade. São tão imensos , exigem uma mudança radical de pensamento.
É isso que ando pensando nesta manhã de sábado, fresca , aqui em Saquarema, com o vento que vem do mar, perfumado de sereias.
Releio um livro lindo A Ponte Invisível, para nosso encontro do Clube de Leitura. Estou em Paris, no tempo sombrio que antecedeu a Segunda Guerra. Sou Klara, a bailarina? Sou Andras, o seu amante? Sou Tibor, a pessoa mais ética, honesta e maravilhosa? Quem escolho para ser? Este o poder imenso de um romance. Posso ser outra, viver outra vida em outro tempo.Posso ser homem ou mulher. Bom sábado para todos.
sábado, 8 de novembro de 2014
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