Na década de 90 viajei sem parar com o PROLER. Foi a minha grande experiência de vida. Aprendi as ferramentas para fazer um leitor. A aproximação, a sensibilização. Conheci a Rê Fernandes numa destas viagens , ela fazia cinema, tinha uma alegria de viver impressionante e nos aproximamos. Ela passou uns dias em Mauá, acho que foi num final de ano, isso não me lembro bem. Numa tarde uma tempestade se aproximava. E tomamos banho de chuva como crianças levadas . A Rê gargalhava na chuva toda ensaboada. Jamais me esquecerei desta imagem tão linda. Depois ela me contou de uma viagem de navio, de um grande amor... E eu não soube mais de nada. .
Estive muito pouco com a Rê. Nosso encontro foi uma luz, um esbarrão poético.
Mas sei que ultimamente ela travava uma batalha muito dura com o câncer. Acompanhei de longe a sua luta, as idas e vindas, as suas tristezas, o medo, as alegrias, as esperanças. Ela dividia tudo com seus amigos. Guardei a notícia que ela deu de que finalmente estava curada. E a Rê era a melhor amiga do meu grande amigo Maurício Leite. Eles planejavam vir juntos a Saquarema. A Rê, pelo facebook, me falou disso várias vezes. A visita não aconteceu, ela não estava curada Rê partiu. Soube hoje quando abri o computador.
Ficarei para sempre com seu maravilhoso sorriso, a Rê se ensaboando na chuva, na montanha.
Pessoas maravilhosas são estrelas para sempre em nossa memória.
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
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